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A empresa Leme e Croisfelts nasceu em 02 de maio de 1991. O primeiro ramo de atividade foi confecção e comércio de camisetas e moda praia, fizeram uniformes de algumas escolas, o negócio demorou a engrenar e uma das sócias saiu da empresa, entrando em seu lugar o filho mais velho da sócia que continuou em frente. Na verdade, a empresa ficou inativa por mais de 2 anos, período em que Anna de Toledo Leme, a sócia que se manteve no negócio, trabalhava como facção.
A facção ia bem, mas rendia pouco à Anna em comparação com o volume de trabalho que tinha. Nesta época, além das roupas femininas, Anna confeccionava camisetas de malha que eram vendidas por um de seus irmãos na sede do banco Itaú, próximo à estação Conceição do metrô de São Paulo. Esta venda de camisetas acabou representando faturamento maior do que a prestação de serviços e quando apareceu a oportunidade de comprar um ponto disponível na Rua Barão do Amazonas. Nesta loja trabalham seus filhos e a própria Anna no atendimento, enquanto a produção do que era vendido e precisava ser reposto era feita nos períodos em que Anna não ficava na loja. Nesta época, além das camisetas, que tiveram menor aceitação neste ponto, começaram a fabricar e vender vestidos femininos. Foi uma verdadeira febre os vestidos de malha com botões coloridos. Nesta época, com o que foi faturado numa semana antes do Natal, foi suficiente para comprar o carro que havia sido vendido para iniciar o negócio.
A loja caminhou bem, até que foi aberto um segundo ponto de vendas no Center Shopps, um shopping popular de compras, onde hoje é estacionamento vizinho ao mercadão municipal. Este ponto crescia em vendas enquanto a loja da barão entrava em decadência, o ponto nobre da cidade começou a ser no boulevart e no Ribeirão Shopping que se iniciava há pouco na cidade. Com o dinheiro dessa época começamos a construir a casa na Ribeirânia, onde moramos por vários anos, vários anos em construção, até que os lojistas em geral começaram a reclamar do ponto e exigir que o dono fizesse uma reforma para melhorar a infra-estrutura. Assim seria feito, mas o que era pra ter ficado fechado dois meses, nunca mais re-abriu. Resolvemos montar a loja temporariamente junto a fábrica, que ficava à rua Mariana Junqueira, próximo ao SESC, em frente onde era a antiga CPFL. Este ponto era muito fraco pra vendas, não tinha movimento de pessoas e tinha casas abandonadas onde viciados dormiam e, eventualmente, roubavam nossa loja. Não duramos mais de 6 meses neste ponto até chegar à falência.
Anna adoeceu gravemente, tendo crises agudas, que se tornaram crônicas, de asma e bronquite. Com a falência e a crise econômica da época – 1994 – não teve condições de se restabelecer em outro local, pois com o nome sujo não tinha crédito, nem perspectiva sobre o que fazer. Anna passou a trabalhar em empresas prestadoras de serviço de reforma, customização e produção de roupas sob medida, ganhando 40% do que produzia. Novamente, o que ganhava não era suficiente para seus custos e teve de alugar quartos de sua casa para estudantes da UNAERP, este inferno durou quase dois anos, até que resolveu montar sua própria empresa de prestação de serviços. Começou com duas máquinas – uma overlock e uma máquina de casear - emprestadas. A divulgação da empresa era feita em Xerox de anúncios da prestação de serviços, que eram distribuídos por seus filhos nas imediações e em prédios residenciais. Este ponto era vizinho à Gênius da Rui Barbosa e por 2 anos foi dividido com uma amiga de Anna, que utilizava uma de suas salas para dar aulas de Ioga. A locação desse ponto foi muito difícil, pois Anna não tinha renda e não conseguia fiadores, a locação só ocorreu por conta da persuasão de Anna que convenceu a dona do estabelecimento a locar em nome de Ana Helena, que teve de ser emancipada e Anna assinou de fiadora, pois tinha a casa como garantia. A loja foi financiada com o dinheiro que deveria ser destinado ao pagamento do telefone da “pensão”. Este dinheiro foi suficiente para a pintura da fachada, a compra de alguns aviamentos e a confecção das filipetas que eram distribuídas na porta de loja e nos apartamentos, além desse dinheiro, utilizou-se cheque da conta universitária do irmão do meio para o pagamento da máquina recém comprada.
Nesta época, a filha mais nova de Anna, Ana Helena, passou a trabalhar com sua mãe em tempo integral na oficina de costura e trabalhavam com confecção e reforma de roupas. A atividade atual, locação de fantasias, se iniciou devido ao feelling de Anna, que começou a ter interesse em produzir roupas para locação, o que foi colocado em prática quando alguns clientes solicitaram a confecção de fantasias para um grande evento – FESTA Á FANTASIAS DO TIM, mas não queriam ficar com as roupas depois da festa e só fariam o pedido se fosse possível locá-las. Vendo a necessidade de crescimento e a possibilidade de uma oportunidade, resolveram correr o risco de não ganhar o dinheiro esperado num primeiro momento e criar um novo negócio. Iniciaram com 16 fantasias, confeccionando novas peças por encomenda e a partir de suas pesquisas sobre o que saía em filmes, novelas e sites
A loja de aluguel de fantasias foi iniciada em setembro de 2000. O local era bem mais amplo e o aluguel era praticamente o mesmo, tivemos medo de ir para este ponto, pois era bem em frente ao principal concorrente. O imóvel era bem grande para o tamanho de nosso negócio. Utilizávamos dois cômodos da frente, que possuía ampla vitrine. Chegamos a morar neste imóvel por quase dois anos, economizando tempo e dinheiro. Com o aumento da procura, investíamos em novos modelos. Mesmo com os desafios, sempre procuramos investir na qualidade de nossos modelos e dos materiais utilizados, com isto fomos ganhando participação no mercado.
Em 2003, durante a época da festa do TIM, tínhamos 360 fantasias, já estavam todas reservadas, foi quando uma loja de São Paulo ligou pedindo para deixar o caminhão deles em frente à nossa loja. Oferecemos um cômodo, pois o mesmo estava vazio, foi quando percebemos que nossa política de preços baixos era prejudicial ao negócio, pois tínhamos de alugar muito apenas para pagar os custos fixos e o que sobrava era pouco. Ao percebermos que nossa qualidade e diversidade de fantasias não perdia para as da “grande” loja que se estabeleceu em nosso ponto, estas com preços de 4 a 6 vezes mais caros do que o nosso e que foram quase todas alugadas, passamos a desafiar a concorrência não mais pelo preço baixo, mas sim pelo atendimento e qualidade dos produtos: quem gostava do que oferecíamos tinha dinheiro pra pagar e valorizava nossos produtos.
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